Arte Arabe - Arabescos




A arte visual islâmica é decorativa, colorida e, no caso da religiosa, não figurativa, a decoração islâmica característica é conhecida como arabesco, um ornato que emprega desenhos de flores, folhagens ou frutos, às vezes, animais, esboços de figuras ou padrões geométricos, para produzir um desenho de retas ou curvas entrelaçadas, esse ornamento é empregado tanto na arquitetura quanto na decoração de objetos.





  • MOTIVOS




VEGETAIS
Os primeiros arabescos da arte islâmcia (sinônimo de ornamentação minuciosa) foram extraídos (com cachos, folhas e gavinhas) das ornamentações greco-romanas, especialmente por intermédio da arte bizantina; também se encontra elementos com origem nas estepes da Ásia Central. Os desenhos vegetalistas greco-romanos e as pequenas palmas sassânidas foram desenvolvidas pelos turcos, povo amante de flores e jardins.





GEOMÉTRICOS
Repetição de figuras simplificadas entrelaçadas ou sobrepostas (fitas entrelaçadas, formas estreladas e poligonais, meandros, suásticas, desenhos em zigue-zague, em xadrez, figuras geométricas) muito utilizadas sobretudo em tecidos e produtos cerâmicos.






 Octogramas


O octagrama é um símbolo de plenitude e reconstrução. A estrela de oito pontas no islamismo faz referência aos quatro profetas principais, Abraão, Moisés, Jesus e Muhammad, e aos quatro anjos maiores que sustentam o trono de Deus, Miguel, Rafael, Gabriel e Uriel. Representa o entroncamento entre o quadrado e a curvatura da esfera. 




 





EPIGRÁFICOS 
A escrita árabe, muito adequada a fins decorativos e a uma contínua variação, foi largamente utilizada na ornamentação das construções civis e dos objetos, nas suas duas versões (quadrada ou cúfico e cursiva, com 24 variantes maiores e outras menores); por ser interdita a representação de Deus e, nos edifícos religiosos, a de figuras humanas, o emprego da escrita (o nome de Allah, os seus atributos e versículos do Alcorão) torna-se cada vez mais necessária.


 Mistos



 



Foi muito comum o emprego de todo o tipo de decoração epigráfica adornada de racimos e gavinhas, de escritas entrelaçadas, da geometrização ou da animalização da escrita; os muçulmanos asiáticos recobriram inteiramente os edifícios com ornamentações florais sobre cerâmica, alternadas com as de motivo epigráfico.


É interessante notar que não é permitido colocar na decoração dos edifícios religiosos nenhuma figura humana e portanto, fica mais uma vez evidente a necessidade da palavra escrita para descrever a presença humana e divina.




A presença de “Allah” é constante em todas as obras de arte, pela forma escrita. Quer o artesão ou o artista esteja trabalhando a madeira, o ouro, a prata, o cobre, tapetes, jóias, sempre procura marcar a presença de Alá, grafando o seu nome. Sem isso, nada tem grande valor. Até mesmo o dinheiro traz o nome do Deus. Isso, alias, é uma coisa comum em muitos paises, ao que parece. É interessante notar que não é permitido colocar na decoração dos edifícios religiosos nenhuma figura humana e portanto, fica mais uma vez evidente a necessidade da palavra escrita para descrever a presença humana e divina. Por mais que se tente, não se pode falar em arte islâmica sem enfatizar a arte da caligrafia.